O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou em Londres que, após concluído o processo de audição dos grupos parlamentares, “não há nenhum facto que vá interferir nesse caminho para o reconhecimento”.

O chefe da diplomacia portuguesa prometeu novidades “para a semana”, indicando que a decisão final depende ainda de uma última conversa com o primeiro-ministro e o Presidente da República.

Este passo está a ser coordenado com outros parceiros europeus, como a França, o Luxemburgo, a Bélgica e o próprio Reino Unido, que também pondera uma decisão semelhante.

O movimento é interpretado por alguns analistas como uma forma de “punir” Israel pelas suas ações em Gaza e de pressionar por uma solução política duradoura.

No entanto, a iniciativa enfrenta a oposição dos Estados Unidos, cujo secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que o reconhecimento da Palestina neste momento prejudicaria os esforços de paz.

O debate reflete a divisão internacional sobre a melhor abordagem para o conflito, com alguns comentadores a considerarem a medida uma “premiação do terrorismo”, enquanto outros a veem como um passo indispensável para a concretização da solução de dois Estados.