Este aviso surge num momento em que os aliados ocidentais reforçam o seu apoio militar e financeiro a Kiev, explorando inclusive o uso de ativos russos congelados.

Segundo Zelensky, as forças de Moscovo estão a reagrupar-se e a rearmar-se para um novo ataque, apesar de terem sofrido perdas significativas em três campanhas fracassadas este ano. O líder ucraniano reiterou a necessidade de apoio contínuo para resistir às novas campanhas ofensivas.

A resposta ocidental tem-se materializado em várias frentes.

Os Estados Unidos anunciaram a primeira contribuição, no valor de 75 milhões de dólares, para um fundo de investimento criado em conjunto com a Ucrânia, destinado a facilitar o acesso de empresas norte-americanas a recursos naturais e a financiar a reconstrução do país. Por sua vez, a União Europeia está a intensificar os trabalhos técnicos para utilizar cerca de 170 mil milhões de euros de ativos russos congelados para apoiar financeiramente a Ucrânia.

A urgência da situação é partilhada por outros parceiros europeus, como a Alemanha, cujo líder da oposição, Friedrich Merz, advertiu que uma eventual capitulação de Kiev "apenas encorajará Putin a procurar o próximo alvo", sublinhando que a guerra já se faz sentir nos Estados-membros da UE e da NATO, ameaçando a liberdade de forma concreta. Este sentimento de ameaça iminente está a levar países como a Dinamarca a reforçar as suas capacidades militares, anunciando a compra de armas de precisão de longo alcance pela primeira vez.