Numa declaração contundente nas redes sociais, Navalnaya afirmou que, após a morte do marido em fevereiro, a sua equipa conseguiu obter e transferir amostras biológicas para o estrangeiro.

"Laboratórios em dois países diferentes, chegaram à mesma conclusão: Alexei foi morto.

Mais especificamente, ele foi envenenado", declarou.

A viúva do mais proeminente crítico de Putin detalhou as condições desumanas a que este foi sujeito na prisão, descrevendo uma cela de castigo de seis metros quadrados, isolamento total e privação de contacto com a família, o que, segundo ela, visava não só matá-lo, mas também "dominá-lo".

A sua acusação contraria diretamente a versão oficial russa, que atribuiu a morte a causas naturais.

Yulia Navalnaya apelou aos laboratórios para que publiquem os resultados, argumentando que são de "importância pública", e instou os países ocidentais a não cederem a considerações políticas e a agirem com "coragem e franqueza" contra Putin.

"Enquanto permanecerem em silêncio, ele não para.

Talvez alguém esteja a morrer agora por causa de outro envenenamento por Putin", advertiu, acusando os serviços secretos russos de desenvolverem armas químicas e biológicas proibidas.