O incidente, descrito como de uma "brutalidade sem precedentes" pelas autoridades estonianas, insere-se num padrão recorrente de provocações russas nas fronteiras da Aliança Atlântica. Na tarde de sexta-feira, três jatos militares russos MIG-31 sobrevoaram o território da Estónia durante 12 minutos sem autorização, com os seus ‘transponders’ desligados e sem comunicação com os serviços de tráfego aéreo locais. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia convocou o encarregado de negócios da embaixada russa para entregar uma nota de protesto. O ministro dos Negócios Estrangeiros estoniano declarou que "os crescentes testes de fronteira e agressões da Rússia devem ser enfrentados com o rápido reforço da pressão política e económica".
Este foi o quarto incidente do género este ano, mas a sua escala foi considerada invulgar.
A ação segue-se a violações semelhantes noutros estados-membros da NATO.
A 10 de setembro, 19 drones russos invadiram o espaço aéreo polaco, levando o primeiro-ministro Donald Tusk a acusar a Rússia de uma "provocação em grande escala". Três dias depois, a Roménia ativou os seus caças após um drone russo ter operado no seu espaço aéreo durante cerca de 50 minutos, a uma profundidade de 10 quilómetros.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou o incidente romeno como "uma óbvia expansão da guerra por parte da Rússia".
Estes eventos são vistos como testes deliberados à coesão e prontidão da Aliança Atlântica, aumentando o risco de um confronto direto e forçando a NATO a reforçar a vigilância e a defesa do seu flanco oriental.














