O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, esclareceu que não existem negociações de paz em curso com a Rússia, atribuindo o impasse à falta de empenho de Moscovo. A declaração surge num momento de intensa atividade militar e reafirma a distância entre as posições de ambos os lados para o fim do conflito. Numa entrevista à CNN, Umerov afirmou que, de momento, os contactos com a Rússia se limitam a questões humanitárias. "Por enquanto, continuamos com a parte humanitária, em que libertamos e trocamos prisioneiros de guerra", indicou. O ministro atribuiu a inexistência de conversações de paz à intransigência russa, que exige que a Ucrânia ceda quatro regiões – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia –, além da península da Crimeia, e renuncie permanentemente à adesão à NATO. Estas condições são consideradas "inaceitáveis" por Kiev, que, por sua vez, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de iniciar negociações.
A Rússia rejeita esta proposta, considerando que permitiria às forças ucranianas rearmarem-se.
Umerov mencionou ainda as iniciativas de paz do Presidente dos EUA, Donald Trump, a quem se referiu como "a única pessoa... capaz de acabar com a guerra", e notou que a recente "deceção" expressa por Trump em relação a Vladimir Putin reflete a falta de compromisso de Moscovo. Trump, por sua vez, admitiu estar "desiludido" com Putin, afirmando que "está a matar muitas pessoas".
Em resumoO impasse diplomático entre a Rússia e a Ucrânia persiste, com ambas as partes a manterem posições irredutíveis. Kiev nega a existência de negociações de paz, limitando os contactos a trocas humanitárias, enquanto as exigências territoriais de Moscovo continuam a ser um obstáculo intransponível. A mediação de figuras como Donald Trump não conseguiu, até agora, quebrar o impasse.