O presidente Mahmud Abbas saudou a medida como "um passo importante e necessário para a concretização de uma paz justa e duradoura". Em Portugal, a iniciativa foi apoiada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que a considerou um esforço para manter viva a possibilidade de paz, embora tenha gerado discordância no seio da coligação governamental, com o CDS-PP a considerá-la inoportuna. A reação de Israel foi, no entanto, veementemente negativa.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a criação de um Estado palestiniano "colocaria em risco a nossa existência e constituiria uma recompensa absurda ao terrorismo".
A ala mais radical do governo israelita foi ainda mais longe, apelando a uma "resposta imediata".
O ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, exigiu "a anexação imediata da Judeia e Sumaria [Cisjordânia]" e o "desmantelamento completo da Autoridade Palestiniana". Na mesma linha, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, defendeu que "a única resposta a esta atitude anti-israelita é a anexação das terras da pátria do povo judeu".
Estas declarações evidenciam a profunda divisão e o endurecimento de posições, transformando o gesto diplomático ocidental num catalisador de tensões no terreno e na arena internacional.














