O assassinato do ativista conservador Charlie Kirk e os preparativos para o seu funeral no Arizona tornaram-se um ponto focal da extrema polarização política nos Estados Unidos, com a cerimónia a transformar-se num evento de grande escala com segurança reforçada e discursos do Presidente Donald Trump. A morte de Kirk, de 31 anos, fundador da organização Turning Point USA e um proeminente aliado de Trump, baleado durante um evento universitário, gerou um intenso debate sobre segurança e liberdade de expressão. O funeral, realizado no estádio State Farm com uma assistência esperada de mais de 100 mil pessoas, foi classificado pelo Departamento de Segurança Interna com o nível de segurança mais elevado, reservado a eventos como o Super Bowl.
A tensão era palpável, tendo sido detido um homem armado que se fazia passar por polícia no recinto.
A cerimónia assumiu um cariz marcadamente político, com discursos de Donald Trump e do vice-presidente JD Vance.
Trump, que responsabilizou a "esquerda radical" pelo assassinato, anunciou a atribuição póstuma da Medalha Presidencial da Liberdade a Kirk, solidificando o seu estatuto de mártir para o movimento conservador.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também aludiu ao assassinato, afirmando que "as ameaças se estão a multiplicar" contra os conservadores, mas garantiu não ter medo.
O evento e a sua instrumentalização política sublinham a profunda fratura na sociedade norte-americana, onde a violência política se tornou um tema central.
Em resumoO funeral do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado a tiro, evidenciou a profunda polarização nos EUA, transformando-se num megaevento político com a presença do Presidente Trump. A cerimónia, realizada sob um forte dispositivo de segurança, serviu de plataforma para o discurso da direita conservadora, que responsabiliza a "esquerda radical" pelo crime, intensificando a "guerra cultural" e o clima de tensão política no país.