A resposta de Teerão foi imediata e dura. O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão declarou que a medida "terá o efeito de suspender de facto a cooperação com a agência". O embaixador iraniano na ONU, Amir-Saeid Iravani, classificou a decisão como "política de coerção" e afirmou que o Irão não reconhece qualquer obrigação de a aplicar.

O contexto é complexo: o Irão já tinha suspendido a cooperação com a AIEA após ataques israelitas e norte-americanos às suas instalações nucleares em junho, mas tinha recentemente concordado em retomá-la.

A nova decisão da ONU, no entanto, coloca esse frágil entendimento em risco.

O trio europeu deixou a porta aberta a uma solução negociada, estabelecendo como condições o reinício de negociações diretas, o pleno acesso dos inspetores da AIEA e informações precisas sobre materiais enriquecidos.

A reimposição das sanções e a consequente ameaça iraniana marcam uma perigosa escalada, complicando ainda mais os esforços diplomáticos para controlar as ambições nucleares de Teerão.