A decisão, anunciada por vários países no âmbito da 80.ª Assembleia Geral da ONU, foi celebrada pela Autoridade Palestiniana como um “passo histórico” e um contributo para a paz.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que “chegou o momento”, enquanto o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que “amanhã teria sido tarde de mais”. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reforçou esta visão, defendendo que o estatuto de Estado para os palestinianos é “um direito, não uma recompensa”, e alertou para o “crescente isolamento de Israel no panorama global”.
Contudo, a iniciativa foi veementemente rejeitada por Israel e pelos Estados Unidos.
O embaixador israelita na ONU classificou a conferência sobre o tema como “um teatro” e uma “vitória vazia”, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu considerou os reconhecimentos uma “enorme recompensa ao terrorismo” e prometeu retaliações, incluindo a possível anexação de mais território na Cisjordânia.
A administração Trump partilhou desta visão, com a Casa Branca a afirmar que o gesto seria “um prémio para o Hamas”.
A tensão foi agravada pelo encerramento da fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia por parte de Israel, após um ataque que vitimou dois soldados israelitas. A situação em Gaza continua crítica, com a intensificação da ofensiva terrestre israelita e apelos internacionais, como o de António Costa, por um “cessar-fogo imediato”.














