Uma série de violações do espaço aéreo de países da NATO por drones e caças russos elevou significativamente a tensão na Europa, provocando respostas firmes da Aliança Atlântica e de membros como a Polónia, que admitem abater aeronaves intrusas. Na última semana, um padrão de provocações russas tornou-se evidente. Drones não identificados forçaram o encerramento temporário dos aeroportos de Copenhaga e Oslo, um incidente que a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, inseriu num “padrão de confrontação persistente nas nossas fronteiras”, alertando que “as nossas infraestruturas críticas estão em risco”.
A isto somou-se a incursão de três caças russos no espaço aéreo da Estónia, dias depois de incidentes semelhantes na Polónia e na Roménia.
A Rússia negou repetidamente qualquer responsabilidade, com o Kremlin a rejeitar as acusações como “infundadas” e fruto de “histeria russofóbica”.
A resposta da NATO tem sido cada vez mais assertiva. O Secretário-Geral, Mark Rutte, criticou o “comportamento cada vez mais irresponsável” de Moscovo e advertiu que a Aliança “não hesitará” em abater aeronaves que representem uma ameaça. A Polónia foi mais longe, com o seu chefe da diplomacia, Radoslaw Sikorski, a avisar Moscovo para não se queixar se Varsóvia abater um avião ou míssil russo que entre em território polaco.
Face à crescente pressão, a Estónia admitiu a possibilidade de acolher caças britânicos com capacidade nuclear, um sinal claro do aumento da perceção de ameaça no flanco oriental da NATO.
Em resumoA Rússia intensificou as suas provocações contra a NATO através de repetidas violações do espaço aéreo, testando as defesas e a unidade da Aliança. A resposta ocidental tornou-se mais assertiva, com ameaças diretas de abate de aeronaves, aumentando o risco de um confronto direto.