As relações entre os Estados Unidos e o Brasil deterioraram-se acentuadamente, com a administração Trump a impor sanções a figuras do judiciário brasileiro e o governo de Lula da Silva a denunciar uma "agressão inaceitável" à sua soberania. A crise diplomática intensificou-se após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump, a 27 anos de prisão. Em retaliação, os EUA aplicaram a Lei Magnitsky à mulher do juiz Alexandre de Moraes, relator do processo, e revogaram os vistos de várias autoridades judiciais, incluindo o Procurador-Geral, Paulo Gonet.
O governo norte-americano justificou as medidas alegando que Moraes é responsável por “prisões arbitrárias” e “restrições à liberdade de expressão”.
A reação do Brasil foi imediata e contundente.
O Presidente Lula da Silva, durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, denunciou o que considerou uma “agressão contra o poder judiciário inaceitável” e “medidas unilaterais e arbitrárias” por parte dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro classificou as sanções como um “ataque à soberania” e garantiu que “o Brasil não se curvará a mais essa agressão”.
No centro da controvérsia está também o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que foi formalmente acusado pelo Procurador-Geral do Brasil de coação judicial, por ter instigado a administração Trump a aplicar sanções e ameaças tarifárias contra o Brasil para condicionar o julgamento do seu pai.
Em resumoA condenação de Jair Bolsonaro no Brasil desencadeou uma crise diplomática com os EUA, com a administração Trump a retaliar com sanções contra o sistema judicial brasileiro. O Brasil considera estas ações uma interferência indevida e um ataque à sua soberania, elevando a tensão entre as duas maiores nações do hemisfério.