Guterres denunciou que a “impunidade é a mãe do caos” e apontou os conflitos no Sudão, Ucrânia e Gaza como exemplos das suas consequências devastadoras.

Numa visão diametralmente oposta, o Presidente dos EUA, Donald Trump, lançou um ataque à eficácia da ONU, afirmando ter terminado sete guerras durante o seu mandato sem qualquer ajuda da organização.

“Em nenhuma delas”, acrescentou, “recebi uma chamada das Nações Unidas a oferecerem-se para ajudar”.

Para Trump, “palavras vazias não encerram guerras, a única coisa que encerra guerras é ação”.

Esta dicotomia foi reforçada pela intervenção da chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, que, perante as tragédias globais, admitiu que a ONU precisa de “fazer melhor”.

O confronto de discursos reflete a tensão crescente entre uma abordagem multilateral, baseada em regras e cooperação, e uma visão nacionalista que privilegia a ação unilateral e o interesse próprio, colocando em causa os alicerces da ordem internacional do pós-guerra.