No seu discurso na ONU, o Secretário-Geral descreveu um cenário onde “os civis estão a ser massacrados, mortos à fome e silenciados”, sublinhando que para este conflito “não há solução militar”.
A violência e a deslocação massiva de populações levaram ao colapso dos serviços básicos, como o acesso a água potável e cuidados de saúde, criando as condições para a propagação de doenças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que um surto de cólera, iniciado em julho de 2024, já se espalhou por todos os 18 estados do país. Até à data, foram registados mais de 113.600 casos e mais de três mil mortes, com uma taxa de letalidade alarmante de 2,7%. A situação é particularmente grave na região do Darfur, onde os casos continuam a aumentar “a um ritmo alarmante”, com severas restrições de acesso que impedem uma resposta humanitária eficaz.
A OMS iniciou uma campanha de vacinação de emergência, mas as dificuldades no terreno comprometem a sua abrangência.














