A controvérsia centra-se na falta de acesso dos inspetores da AIEA às instalações nucleares iranianas e no paradeiro incerto de 408 quilos de urânio enriquecido a 60%, material que Teerão alega já não possuir.

A cooperação com a agência da ONU foi suspensa após os ataques israelitas e norte-americanos em junho.

A complexidade da situação é agravada pela pressão interna no Irão.

Numa petição subscrita por 71 dos 290 deputados, foi pedida uma revisão da doutrina de defesa do país para incluir o desenvolvimento de armas nucleares. Os signatários acusam Israel de estar “à beira da loucura” e defendem a medida como uma resposta necessária às ameaças na região.

Esta posição contraria a ‘fatwa’ do líder supremo, Ali Khamenei, que proíbe armas atómicas, mas reflete uma crescente frustração e desconfiança face ao Ocidente.

Em mais um sinal de tensão, os EUA impuseram restrições de circulação aos diplomatas iranianos presentes na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.