O tratado, que limita cada país a 1.550 ogivas nucleares estratégicas e 700 sistemas de lançamento, expira em fevereiro de 2026. A proposta de Putin para uma extensão de um ano surge num momento de elevada tensão, mas não é incondicional. O líder russo afirmou que a medida “só será viável se os Estados Unidos agirem de forma semelhante e não tomarem medidas que minem ou violem a atual proporção de capacidades de dissuasão”. Este aviso reflete a desconfiança de Moscovo, que suspendeu a sua participação nos mecanismos de verificação do tratado há dois anos, alegando que não podia permitir inspeções norte-americanas enquanto Washington apoiava a Ucrânia. A ausência de diálogo sobre um acordo sucessor preocupa a comunidade internacional, uma vez que o fim do New START poderia desencadear uma nova corrida ao armamento entre as duas maiores potências nucleares, que detêm cerca de 90% do arsenal mundial.

A China, por sua vez, apelou a que tanto os EUA como a Rússia assumam a sua “responsabilidade especial” no desarmamento, observando a situação com atenção.