Uma flotilha internacional que transporta ajuda humanitária para a Faixa de Gaza tornou-se um foco de tensão diplomática na Europa e no Mediterrâneo. A iniciativa, que alega ter sofrido ataques, mobilizou apelos de personalidades e organizações por proteção governamental, enquanto estivadores europeus planeiam ações de boicote. A "Flotilha Global Sumud", composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos e jornalistas de mais de 40 nacionalidades, incluindo figuras portuguesas, pretende romper o bloqueio israelita e levar ajuda a um território onde a ONU declarou estado de fome. A missão denunciou vários ataques de drones durante a sua rota, o que levou mais de 140 personalidades em França e na Bélgica, incluindo os cantores Angèle e Zaho de Sagazan, a exigir "proteção diplomática e consular para os barcos que transportam cidadãos franceses e belgas". Os signatários contrastam o "absoluto silêncio" dos seus governos com a atitude de 16 outros países, como Espanha e Itália, que terão concedido proteção diplomática e enviado navios militares.
Organizações como a Amnistia Internacional e a Greenpeace também apelaram aos Estados europeus para que condenem os ataques.
Apesar dos contratempos, incluindo uma avaria grave num dos barcos, a flotilha estima chegar a Gaza em cinco a oito dias e rejeitou um apelo do presidente italiano para desviar a rota para Chipre. Paralelamente, sindicatos de estivadores europeus reuniram-se em Génova para coordenar um boicote a navios com carga militar destinada a Israel, demonstrando uma mobilização mais ampla em torno do conflito.
Em resumoA flotilha para Gaza intensificou as tensões diplomáticas, com apelos por proteção de França e Bélgica e a condenação de ataques por ONGs. Apesar dos contratempos e da recusa em desviar a rota, a iniciativa avança, enquanto sindicatos europeus se organizam para boicotar cargas militares para Israel, refletindo uma crescente mobilização internacional em torno do conflito israelo-palestiniano.