A presidente Maia Sandu alertou que a votação decidirá se o país continua o seu caminho em direção à União Europeia ou se será "novamente arrastado para a área cinzenta da Rússia".

A presidente moldava acusou o Kremlin de investir "centenas de milhões de euros" numa campanha para controlar a Moldova, utilizando desinformação e recrutando jovens para atividades de desestabilização.

"A polícia está a trabalhar arduamente para identificar os jovens contratados pela Rússia e instruídos fora da Moldova", afirmou Sandu, acrescentando que o seu governo está a lutar pela democracia em "condições bastante mais difíceis" do que outros países que aderiram à UE.

A tensão aumentou com a exclusão do partido pró-russo "Coração da Moldova" da corrida eleitoral por decisão judicial, devido a alegações de financiamento ilegal e compra de votos.

Em resposta, o ex-presidente Igor Dodon, líder do Bloco Eleitoral Patriótico, afirmou que os dias de Sandu no poder "estão contados".

A situação levou a Sérvia a deter dois suspeitos de prepararem distúrbios para as eleições, após a Moldova ter denunciado a existência de campos de treino em território sérvio. O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu à recusa da Moldova em credenciar observadores russos, afirmando que irá rever a relação do seu país com a OSCE, organização que acusou de se ter "desacreditado completamente".