Enquanto a China envia dois mil trabalhadores para construir uma megafábrica de baterias em Espanha, evidenciando a dependência europeia, Pequim prepara-se para reforçar as regras de exportação dos seus próprios EVs, num contexto de diálogo estratégico contínuo com os EUA. A gigante chinesa CATL vai construir uma das maiores fábricas de baterias da Europa em Saragoça, Espanha, um projeto de três mil milhões de euros que, na sua fase de construção, contará com dois mil trabalhadores chineses. Embora a empresa se tenha comprometido a recrutar e formar três mil trabalhadores espanhóis para a fase de operação, a decisão de importar mão de obra para a construção levanta questões sobre a dependência tecnológica da Europa.

Este movimento estratégico ocorre num momento de crescente desconfiança comercial entre a UE e a China, que está a abrir portas a novos intervenientes como a Turquia no setor. Simultaneamente, o Ministério do Comércio chinês anunciou que, a partir de 1 de janeiro de 2026, os construtores de automóveis necessitarão de uma licença para exportar veículos elétricos, uma medida que visa garantir o "desenvolvimento saudável" da indústria e reforçar o controlo sobre o maior mercado mundial.

Estes desenvolvimentos acontecem enquanto a diplomacia entre Washington e Pequim se mantém ativa, com uma delegação do Congresso dos EUA a visitar a China para dar continuidade ao diálogo e fortalecer as relações bilaterais.