Os Estados Unidos enfrentam uma semana de elevada tensão interna, com o Presidente Donald Trump a ordenar o envio de tropas federais para Portland para conter protestos. A medida, qualificada como um ataque ao movimento Antifa, gerou forte oposição local e ações judiciais, num contexto de iminente paralisação do governo e de uma demissão em massa de mais de 100 mil funcionários públicos. Donald Trump instruiu o Secretário da Defesa a mobilizar a Guarda Nacional para proteger instalações do serviço de imigração (ICE) em Portland, autorizando o uso de "força total, se necessário". A justificação oficial aponta para a necessidade de proteger as instalações de "Antifa e outros terroristas domésticos".
Esta decisão, que se segue a destacamentos semelhantes noutras cidades governadas por Democratas, foi imediatamente contestada pela governadora do Oregon e pelo presidente da câmara de Portland, que rejeitaram a intervenção militar e iniciaram uma ação judicial contra a administração.
Centenas de manifestantes saíram à rua em protesto.
A situação agrava-se com a crise orçamental em Washington: se o Congresso não aprovar um novo pacote de financiamento até terça-feira, o governo federal enfrentará uma paralisação parcial. Simultaneamente, mais de 100 mil funcionários federais preparam-se para apresentar a sua demissão formal, no âmbito de um controverso programa de "demissões diferidas" criado pela administração Trump para reduzir a força de trabalho do Estado, o que ameaça paralisar serviços públicos essenciais.
Em resumoA administração Trump intensifica a militarização da política interna para reprimir a dissidência, enquanto enfrenta uma crise de governação sem precedentes, com a ameaça de paralisação dos serviços federais e uma debandada de funcionários públicos, aprofundando a polarização no país.