As manobras são uma resposta direta à presença de navios de guerra e tropas dos EUA no Mar das Caraíbas, que Caracas classifica como uma "ameaça militar" e uma preparação para uma possível invasão. O governo de Nicolás Maduro realizou exercícios militares nos estados costeiros de Falcon e Sucre, que incluíram o destacamento de sistemas de mísseis antiaéreos Pechora de fabrico russo, desembarques anfíbios e manobras com helicópteros e paraquedistas. Esta demonstração de força surge num momento de elevada tensão, após os Estados Unidos terem posicionado oito navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35 na região, oficialmente para combater o narcotráfico.

Caracas, no entanto, interpreta a operação como um prelúdio para uma intervenção militar.

Para além dos exercícios das forças armadas, o governo instou os cidadãos a juntarem-se a milícias, distribuindo armas para que se possam defender de uma eventual invasão.

Analistas sugerem que esta mobilização civil poderá servir como um elemento dissuasor, utilizando os voluntários como escudos humanos.

A escalada retórica e militar reflete a profunda desconfiança entre os dois países, com a Venezuela a preparar-se ativamente para um cenário de confronto armado.