As reuniões de alto nível visam aprofundar a coordenação multilateral e a oposição ao "hegemonismo", num claro sinal de fortalecimento dos laços face aos Estados Unidos.
Durante um encontro em Pequim, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, assegurou à chefe da diplomacia norte-coreana, Choe Son-hui, que a China considera o desenvolvimento das relações bilaterais "a partir de uma perspetiva estratégica e de longo prazo".
Da mesma forma, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, classificou a manutenção dos laços como uma "diretriz inquebrável".
As duas partes concordaram em aprofundar a cooperação prática e coordenar posições em fóruns internacionais para se oporem a "todas as formas de hegemonismo", uma alusão interpretada por analistas como uma referência direta à política externa dos Estados Unidos. Esta aproximação surge pouco depois de uma cimeira entre Xi Jinping e Kim Jong-un, que, juntamente com Vladimir Putin, participaram num desfile militar em Pequim, numa imagem de forte simbolismo que assinalou uma potencial frente tripartida.
Para Pequim, manter a influência sobre a Coreia do Norte é essencial, enquanto Pyongyang procura reequilibrar a sua relação com o seu principal aliado político e parceiro económico.














