Os gastos com gás russo totalizaram 34,3 mil milhões de euros, superando em 13 mil milhões de euros o apoio direto a Kiev. O relatório destaca o porto belga de Zeebrugge como o maior ponto de entrada de gás natural liquefeito (GNL) russo na UE desde o início da guerra.
Em 2024, as importações através deste porto mais do que duplicaram em relação a 2021, e 2025 “configura-se também como mais um ano recorde”.
A empresa russa Yamal LNG, que tem um contrato de longo prazo em Zeebrugge, gerou receitas de cerca de 40 mil milhões de dólares desde o início do conflito, pagando aproximadamente 9,5 mil milhões de dólares em impostos ao Estado russo. O documento da Greenpeace identifica ainda um problema de rastreio, pois o gás que chega a estes países é parcialmente redirecionado para outros mercados, passando a ser classificado como de origem europeia, o que mascara a sua proveniência russa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já afirmou que a UE planeia proibir as importações de GNL russo, mas o fluxo continua a ser assegurado por contratos assinados depois de 2022 com grandes empresas de energia como a TotalEnergies, SEFE, Engie e Shell. A Greenpeace acusa a UE de se ter “afundado ainda mais na sua dependência do gás fóssil” e exige o fim das importações de gás russo até ao final de 2026.














