A proposta gerou reações diversas na comunidade internacional e revelou divisões no seio do próprio movimento palestiniano.

Através da sua rede social, Truth Social, Donald Trump ameaçou que, se o acordo não for alcançado, “um INFERNO como nunca visto antes vai instalar-se contra o Hamas”.

O plano, revelado na segunda-feira, prevê um cessar-fogo, a libertação de reféns, o desarmamento do Hamas e a criação de uma autoridade de transição supervisionada pelo próprio presidente americano, que contaria com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. A proposta recebeu o apoio de Israel e de vários países árabes.

A resposta do Hamas tem sido ambígua; um dos seus líderes, Mohamed Nazzal, afirmou que o grupo está a analisar o plano e responderá “muito em breve”, mas sublinhou que “não aceita ameaças, ditames ou pressões”.

No entanto, notícias indicam uma profunda divisão interna, com a ala militar, liderada por Izz al-Din al-Haddad, a opor-se ao acordo, considerando-o uma armadilha para eliminar o movimento, enquanto a liderança política no Qatar parece mais recetiva a negociações.

A comunidade internacional reagiu de forma mista: o Paquistão contestou o plano, afirmando que a versão final difere da que lhe foi apresentada, enquanto a Rússia, pela voz de Vladimir Putin, mostrou-se “no geral, preparada para apoiar” a proposta, condicionando-a à criação de uma solução de dois Estados. O ex-secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também apoiou o plano, embora admitindo a existência de “falhas”.