A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela escalou com a denúncia de Caracas sobre a aproximação de cinco caças norte-americanos ao seu espaço aéreo e a declaração de Washington de um “conflito armado” contra cartéis de droga. Estas ações inserem-se numa estratégia de forte pressão da administração Trump sobre o governo de Nicolás Maduro. O governo venezuelano condenou veementemente a “incursão ilegal” dos aviões de combate, classificando-a como uma “provocação que ameaça a soberania nacional” e um “padrão de assédio”. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou que “os aviões de combate do imperialismo norte-americano se atreveram a aproximar-se da costa venezuelana”, mas garantiu que o país não se deixará intimidar.
Em resposta, a Venezuela prometeu defender a sua soberania e levar a denúncia a organismos internacionais.
Esta escalada ocorre no contexto de uma presença militar reforçada dos EUA nas Caraíbas, justificada por Washington como uma operação contra o narcotráfico.
A administração Trump declarou formalmente estar envolvida num “conflito armado não internacional” com cartéis de droga, designando os seus membros como “combatentes ilegais”.
Esta declaração visa fornecer uma base legal para operações militares na região, incluindo ataques a embarcações suspeitas.
Os EUA acusam o presidente Nicolás Maduro de liderar o “Cartel dos Sóis”, tendo aumentado a recompensa pela sua captura, acusações que Caracas nega veementemente.
Em resumoA recente aproximação de caças dos EUA à costa venezuelana e a declaração de Washington de um 'conflito armado' contra cartéis de droga agravaram as tensões bilaterais. A Venezuela denunciou as ações como uma agressão à sua soberania, enquanto os EUA justificam as suas manobras militares como parte do combate ao narcotráfico, aumentando a instabilidade na região.