A paralisação de quatro dias dos controladores de tráfego aéreo, em particular, promete causar perturbações significativas em toda a Europa.
Desde a sua nomeação, Lecornu tem procurado negociar com os partidos da oposição para evitar o recurso ao controverso artigo 49.3 da Constituição para aprovar o orçamento de 2026, uma ferramenta que permite ao governo passar leis sem votação parlamentar, mas que expõe o executivo a uma moção de censura. Apesar dos esforços, o partido de esquerda radical França Insubmissa (LFI) já anunciou a intenção de apresentar uma moção de censura, enquanto o Partido Socialista condiciona o seu apoio a alterações no orçamento.
A situação social agrava a pressão política.
O maior sindicato de controladores aéreos, o SNCTA, convocou uma greve de 7 a 10 de outubro, que deverá levar ao cancelamento de milhares de voos. A companhia aérea Ryanair estima ter de cancelar até 600 voos por dia, afetando cerca de 100 mil passageiros, não só em França, mas em toda a Europa, devido à necessidade de sobrevoar o espaço aéreo francês.
O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, criticou duramente a situação, apelando à Comissão Europeia para que proteja os sobrevoos e minimize os transtornos causados pelas greves francesas, que afetam o mercado único europeu.














