A operação israelita visou cerca de 50 embarcações que pretendiam entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza, resultando na detenção de aproximadamente 450 ativistas, entre os quais a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves. Os detidos foram levados para um centro de detenção no deserto de Neguev, onde surgiram múltiplas denúncias de maus-tratos. A equipa de advogados da flotilha e os próprios ativistas relataram que os detidos estiveram “bastante tempo sem água e comida”, foram mantidos em “celas sobrelotadas” e que a alguns, incluindo doentes oncológicos e cardíacos, foi negado o acesso a medicamentos essenciais.
O Governo português reagiu, com a embaixadora em Telavive, Helena Paiva, a apresentar um “protesto imediato” junto das autoridades israelitas, uma ação reforçada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, junto do embaixador israelita em Lisboa.
Em resposta, o governo de Israel negou as acusações, classificando-as como “mentiras descaradas” e garantindo que “todos os direitos legais dos detidos estão a ser plenamente respeitados”.
Entretanto, iniciou-se o processo de deportação dos ativistas, com o MNE português a confirmar que os quatro cidadãos nacionais seriam repatriados e chegariam a Portugal no final da noite de domingo, acompanhados por um diplomata.














