As advertências de figuras como Garry Kasparov e incidentes aéreos reforçam os receios de uma escalada do conflito para além das fronteiras ucranianas.
Na última semana, a Rússia intensificou a sua ofensiva, lançando um ataque “combinado” com “mais de 50 mísseis e cerca de 500 drones” contra a Ucrânia, segundo o Presidente Volodymyr Zelensky.
Os ataques visaram infraestruturas civis e energéticas em várias regiões, incluindo Zaporijia e Lviv, resultando em pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos. Um ataque particularmente “selvagem”, nas palavras de Zelensky, atingiu uma estação ferroviária em Shostka, na região de Sumy, ferindo pelo menos 30 pessoas. Em resposta, o líder ucraniano reiterou o seu apelo por mais sistemas de defesa aérea, afirmando que “um cessar-fogo nos céus é possível, e precisamente isso poderia abrir caminho a uma diplomacia real”.
Paralelamente, crescem os receios na Europa sobre as intenções de Moscovo. O antigo campeão mundial de xadrez e opositor do Kremlin, Garry Kasparov, alertou que “Putin pode invadir os Bálticos este ano”, acusando a NATO e a UE de fraqueza e defendendo que apenas uma derrota militar russa na Ucrânia pode travar o expansionismo de Moscovo. Esta perceção de uma “guerra híbrida” é reforçada por incidentes como os sobrevoos de drones em aeroportos europeus, vistos como uma tática para testar as defesas e a resiliência do Ocidente.














