Esta posição aumenta a incerteza sobre o programa nuclear iraniano e sinaliza uma potencial escalada nas tensões com as potências ocidentais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que o acordo firmado em setembro com a AIEA para retomar a cooperação “não pode mais servir de base” para as relações entre as duas partes.
A decisão surge como resposta direta à reativação de sanções da ONU contra o Irão, suspensas há dez anos, uma iniciativa liderada por França, Reino Unido e Alemanha.
Teerão já tinha advertido que o regresso das sanções levaria à suspensão da cooperação com a agência nuclear.
A medida levanta preocupações sobre a transparência do programa nuclear iraniano, que, segundo a AIEA, já enriquece urânio a um nível de 60%, próximo do limiar de 90% necessário para fins militares. A situação agrava-se num contexto em que vários políticos iranianos apelam à saída do país do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o que eliminaria a obrigação de colocar os seus materiais nucleares sob controlo da AIEA. Este desenvolvimento representa um novo revés para os esforços diplomáticos, já fragilizados desde a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump.














