Esta alegação, se confirmada, representa uma escalada significativa no envolvimento indireto de Pequim no conflito e agrava as tensões geopolíticas.
O chefe do Serviço de Informações Externas da Ucrânia, Oleg Alexandrov, afirmou que existem “factos que demonstram um alto nível de interação entre a Rússia e a China na realização de reconhecimento por satélite do território da Ucrânia”.
Segundo o responsável, o objetivo desta colaboração é “identificar e explorar adicionalmente alvos estratégicos” para destruição.
A acusação é particularmente grave, pois Alexandrov sugeriu que alguns dos alvos podem pertencer a investidores estrangeiros, citando como exemplo o ataque russo que, em agosto, destruiu a fábrica norte-americana Flex Electronics em Mukachevo.
Esta não é a primeira vez que Kiev denuncia o apoio de Pequim a Moscovo.
Anteriormente, já tinham sido feitas alegações sobre o fornecimento de componentes eletrónicos, pólvora e maquinaria para a indústria militar russa, com o Presidente Zelensky a sancionar várias empresas chinesas.
O governo chinês tem negado consistentemente o fornecimento de armas à Rússia. A acusação de partilha de informações de satélite eleva o nível da denúncia, sugerindo uma cooperação militar mais direta e sofisticada entre os dois países, com implicações diretas na capacidade da Rússia para conduzir a sua campanha de bombardeamentos na Ucrânia.














