Em resposta, a Alemanha declarou que também se retirará do concurso se a emissora israelita for banida, evidenciando as profundas divisões na Europa em relação ao conflito no Médio Oriente.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, classificou a discussão sobre a exclusão de Israel como um "escândalo", afirmando que "Israel tem um lugar lá" e que a Alemanha apoiaria um boicote se o país fosse excluído. Esta posição contrasta fortemente com a de outros países como Espanha, Irlanda, Países Baixos, Islândia e Eslovénia, que já manifestaram a intenção de se retirarem caso Israel não seja banido devido à sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.

A União Europeia de Radiodifusão (EBU), organizadora do evento, enfrenta uma pressão sem precedentes e convocou uma Assembleia Geral extraordinária online para novembro, onde os seus membros votarão sobre a participação da emissora israelita KAN. A EBU reconheceu a "diversidade de opiniões sem precedentes" sobre o assunto.

A emissora israelita KAN, por sua vez, expressou a esperança de que o festival mantenha o seu "carácter cultural e apolítico".

No entanto, a politização do concurso parece inevitável, recordando a exclusão da Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022, um precedente agora invocado por aqueles que exigem uma posição semelhante em relação a Israel.