O Presidente Emmanuel Macron enfrenta uma pressão crescente da oposição, que exige a sua própria demissão ou a dissolução da Assembleia Nacional.
A demissão de Lecornu, que ocorreu apenas 14 horas após anunciar a composição do seu executivo, expôs a profunda fragmentação do parlamento francês e a incapacidade de Macron para construir uma maioria estável. O Presidente encarregou o primeiro-ministro demissionário de conduzir "negociações finais" até quarta-feira à noite para definir uma "plataforma de ação e estabilidade", numa tentativa de evitar o colapso total da governação. No entanto, a oposição reagiu de forma contundente.
A esquerda radical do França Insubmissa (LFI) avançou com uma moção de destituição contra Macron, acusando-o de ser "a origem do caos".
A extrema-direita de Marine Le Pen e até antigos aliados, como o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe, pediram a dissolução da Assembleia e a convocação de eleições antecipadas, tanto legislativas como presidenciais.
Uma sondagem revelou que 70% dos franceses apoiam a demissão de Macron.
A instabilidade política já está a ter repercussões económicas, com o principal índice da bolsa francesa a cair e os juros da dívida pública a subir, refletindo a desconfiança dos investidores perante um executivo que parece "paralisado".














