A acusação de uma "operação de falsa bandeira" surge enquanto os EUA intensificam a sua presença militar na região das Caraíbas.

Segundo o presidente do parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, e o Presidente Nicolás Maduro, as autoridades do país alertaram o governo dos EUA e uma embaixada europeia sobre uma "grave ameaça" que visava colocar explosivos na embaixada americana. Maduro descreveu o plano como "uma operação típica de falsa bandeira (...) para criar um escândalo e culpar o Governo bolivariano", justificando uma escalada de confrontos.

As autoridades venezuelanas garantiram ter reforçado a segurança em torno da representação diplomática, que se encontra encerrada desde 2019, e afirmaram estar à procura dos responsáveis.

A denúncia surge num contexto de rumores sobre a presença da líder da oposição, Maria Corina Machado, na embaixada.

A tensão entre os dois países tem vindo a aumentar desde que o Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o envio de navios de guerra para as Caraíbas para operações de combate ao narcotráfico, uma ação que Caracas considera uma ameaça. Washington acusa Maduro de liderar o "Cartel dos Sois" e oferece uma recompensa pela sua captura.

Em resposta, o líder venezuelano pediu ao Papa Leão XIV que ajude a "preservar a paz", alegando que a Venezuela está a ser "ameaçada pela maior potência militar da história".