A iniciativa protecionista e o subsequente diálogo diplomático evidenciam as complexas dinâmicas comerciais da administração Trump.

Numa publicação na sua rede social, Donald Trump revelou a intenção de aplicar, a partir de 1 de novembro, uma tarifa de 25% a camiões médios e pesados que entrem nos Estados Unidos, justificando a medida com razões de "segurança nacional".

A decisão visa proteger fabricantes norte-americanos como a Peterbilt e a Kenworth.

O principal alvo é o México, que em 2024 exportou mais de 159 mil destes veículos para os EUA, representando 95,5% do total das suas exportações no setor. No entanto, a medida também impacta o Brasil, cujas exportações para os EUA caíram 18,5% após a imposição de tarifas anteriores.

Em resposta, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, contactou telefonicamente Donald Trump para solicitar o fim das tarifas.

Trump descreveu a conversa como "excelente", focada na economia e no comércio, e ambos os líderes concordaram em encontrar-se "num futuro não muito distante".

Esta abordagem dupla, que combina a imposição de barreiras comerciais com negociações diretas, caracteriza a política externa de Trump, que procura reequilibrar as relações comerciais dos EUA, mesmo que isso gere atritos com parceiros estratégicos.