A primeira fase do plano de paz, mediado pelos Estados Unidos com o apoio do Egito, Qatar e Turquia, foi assinada e gerou uma onda de reações positivas a nível global. O acordo, anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, representa o culminar de intensas negociações no Egito e visa pôr fim a uma guerra iniciada com o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, que resultou em mais de 67.100 mortos palestinianos e cerca de 1.200 mortos israelitas. A primeira fase do plano prevê a libertação de reféns detidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinianos, um cessar-fogo imediato e a retirada parcial das forças israelitas para uma zona demarcada, a chamada "linha amarela". Especificamente, o Hamas libertará os cerca de 20 reféns que se acredita estarem vivos, em troca de 1.950 prisioneiros palestinianos. No entanto, Israel já indicou que não libertará o líder Marwan Barghouti nem os responsáveis pelos ataques de 2023.

A comunidade internacional reagiu com otimismo.

Líderes da União Europeia, Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e o secretário-geral da ONU, António Guterres, saudaram o acordo como uma "oportunidade crucial" e um "avanço desesperadamente necessário". Países como a Itália e a Turquia manifestaram-se disponíveis para integrar uma futura força internacional de manutenção da paz.

O anúncio gerou celebrações tanto em Telavive, por parte das famílias dos reféns, como em Gaza, embora com cautela, uma vez que ataques aéreos israelitas foram reportados mesmo após o anúncio.

A implementação enfrenta desafios, incluindo a oposição do ministro de extrema-direita israelita, Bezalel Smotrich, que prometeu votar contra o acordo, temendo a libertação de "futuros líderes terroristas".

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, descreveu o dia como "histórico" e insistiu que Trump merece o Prémio Nobel da Paz pelo seu papel.