Estas ações elevam a tensão no continente e levam a União Europeia a preparar uma resposta conjunta para reforçar a sua defesa.

A Ucrânia tem vindo a desenvolver e a utilizar com sucesso uma nova geração de armas de fabrico próprio, incluindo drones de longo alcance e mísseis de cruzeiro como o Neptune e o novo FP-5 Flamenco, capazes de atingir alvos a centenas de quilómetros em território russo. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que esta estratégia está a causar uma "escassez de combustível de até 20%" na Rússia e a ter "resultados positivos".

Em paralelo, Kiev continua a solicitar aos EUA o envio de mísseis Tomahawk, com Zelensky a prometer nomear Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz caso o fornecimento se concretize.

Do outro lado, a Rússia prossegue os ataques a infraestruturas portuárias e energéticas ucranianas, como na região de Odessa, com o objetivo de "semear o caos", segundo Zelensky.

A escalada do conflito estende-se à segurança europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou para uma "campanha de zona cinzenta direcionada" da Rússia, que envolve ciberataques, sabotagem e violações do espaço aéreo de vários países da UE com drones. Em resposta, Bruxelas prepara um plano de segurança comum a ser implementado até 2030, que inclui a criação de uma "muralha de drones" para detetar e neutralizar ameaças aéreas, inspirando-se na experiência ucraniana.

O Parlamento Europeu também condenou as "ações imprudentes" de Moscovo e pediu "medidas coordenadas" para proteger as infraestruturas críticas do continente.