A investigação surge na sequência de reportagens jornalísticas que detalham um esquema secreto ao estilo do KGB. De acordo com uma investigação conjunta de vários jornais europeus, os serviços de informação da Hungria, sob o governo de Viktor Orbán, terão montado um esquema de espionagem para recrutar agentes dentro das instituições da UE. A rede terá operado sob a cobertura da representação permanente húngara em Bruxelas, numa altura em que esta era liderada por Olivér Várhelyi, que atualmente ocupa o cargo de Comissário Europeu.

A investigação jornalística sugere que o objetivo da espionagem não era apenas favorecer os interesses do país, mas também os de uma pessoa específica, cujo nome não foi mencionado nos artigos.

O método é descrito como sendo "ao estilo KGB", indicando uma operação sofisticada e clandestina.

A Comissão Europeia confirmou que irá investigar as alegações, que, a confirmarem-se, representam uma grave quebra de confiança entre um Estado-membro e as instituições comunitárias, podendo desencadear uma crise diplomática significativa entre Bruxelas e Budapeste.