Embora negando um impacto direto, a admissão lança nova luz sobre o trágico incidente.

Durante um encontro no Tajiquistão com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, Vladimir Putin abordou o despenho da aeronave ocorrido a 25 de dezembro de 2024, num voo de Baku para Grozny.

Putin explicou que, no dia do acidente, o exército russo detetou três drones ucranianos a cruzar a fronteira e lançou dois mísseis antiaéreos para os intercetar. Segundo o líder russo, os mísseis "explodiram perto do avião", mas insistiu que "não foram as munições a causar o acidente", mas sim "os próprios restos dos mísseis" que detonaram a poucos metros da aeronave.

Apesar de reconhecer a proximidade das explosões, Putin atribuiu a "responsabilidade final" à presença dos drones ucranianos na região.

O presidente russo apresentou as suas condolências a Aliyev e assegurou que Moscovo está a participar na investigação e que fará "tudo o que for necessário em termos de indemnizações" às famílias das vítimas.

Esta declaração representa a primeira admissão pública do envolvimento, ainda que indireto, das forças russas no incidente.