A operação, descrita como um "dia histórico" pelo Presidente norte-americano Donald Trump, resultou na libertação dos 20 reféns israelitas que se encontravam vivos, em troca de cerca de 1.968 prisioneiros palestinianos. Trump, figura central nas negociações, deslocou-se a Israel para um discurso no Knesset, onde declarou "o fim de uma era de morte e de terror", antes de seguir para a cimeira de paz em Sharm el-Sheikh, no Egito, copresidida com o Presidente Abdel Fattah al-Sisi e com a presença de dezenas de líderes mundiais. A União Europeia, representada por António Costa e Ursula von der Leyen, saudou o acordo como um "momento de esperança" e prometeu apoio à reconstrução de Gaza. No entanto, a fragilidade do acordo foi exposta por uma nova tensão: o Hamas confirmou a devolução de apenas quatro dos 28 corpos de reféns mortos, uma ação que o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou como uma "violação flagrante do acordo", avisando que "será punido em conformidade".
O Fórum das Famílias dos Reféns manifestou "choque e consternação", exigindo que os mediadores tomem "medidas imediatas para corrigir esta grave injustiça".
Apesar do alívio pela libertação dos reféns vivos, incluindo cidadãos com nacionalidade portuguesa, o futuro permanece incerto, com analistas como Daniel Pinéu a sublinharem que "a linguagem vaga do acordo abre espaço para que Israel tenha capacidade de veto em todo o processo".













