As ameaças são acompanhadas por provocações militares e uma guerra híbrida que visa desestabilizar as democracias ocidentais.
Durante uma audição parlamentar, o presidente do Serviço Federal de Informações alemão (BND), Martin Jager, declarou que "Moscovo considera que tem uma possibilidade realista de estender a esfera de influência para oeste" e que, para atingir esse objetivo, "a Rússia não hesitará, se necessário, em entrar em conflito militar direto com a NATO". Este aviso surge num contexto de incidentes crescentes, como incursões de drones russos na Polónia e violações do espaço aéreo da Estónia.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, corroborou esta perceção durante uma visita a Kiev, afirmando que a Rússia está a "brincar à guerra" e a ir "além de um conflito hipotético".
Em resposta à contínua agressão na Ucrânia, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou fornecer mísseis de longo alcance Tomahawk a Kiev se Moscovo não terminar a guerra.
A ameaça provocou uma reação imediata do ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, que alertou que tal fornecimento "pode acabar mal para todos, especialmente para Trump", sugerindo que a Rússia poderia retaliar nuclearmente, dado ser impossível distinguir se os mísseis transportam ogivas convencionais ou nucleares.
O Kremlin nega as acusações de desestabilização e acusa o Ocidente de não desejar o fim do conflito ucraniano.













