Após a demissão de Lecornu, o Presidente Emmanuel Macron decidiu reconduzi-lo no cargo, formando um novo executivo que inclui ministros repetentes e novas figuras da sociedade civil.

No entanto, a frágil posição do governo foi imediatamente desafiada.

A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, anunciou que a sua União Nacional apresentará uma moção de censura, e a França Insubmissa, principal partido de esquerda, prometeu fazer o mesmo.

O sucesso destas moções dependerá da posição dos socialistas, cujo líder, Olivier Faure, manifestou descontentamento com a formação do novo governo.

A crise ocorre num momento crítico, com o executivo a precisar de aprovar o Orçamento de Estado para 2026. Lecornu defendeu a necessidade de um aumento do orçamento militar, considerando-o "indispensável" face ao cenário global.

A instabilidade política em França, a segunda maior economia da Zona Euro, gera preocupação na União Europeia, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos crescentes e um forte aumento da dívida pública.