A distinção foi vista pela oposição como uma legitimação da sua luta pela democracia, enquanto o governo a considerou um ato de hostilidade.
Num discurso no Dia da Resistência Indígena, Nicolás Maduro reagiu à distinção chamando a Machado de "bruxa demoníaca" e afirmando que "90% de todo o povo repudia à bruxa demoníaca".
Sem mencionar diretamente o prémio, Maduro ordenou a formação de "brigadas milicianas" indígenas para defender a Venezuela de uma suposta "ameaça militar dos EUA", associando a oposição a interesses estrangeiros.
O presidente venezuelano desafiou a oposição, declarando: "Se querem a paz, preparem-se para ganhá-la".
Em resposta, María Corina Machado, que se encontra na clandestinidade há mais de um ano, afirmou que Maduro "tem os dias contados" e que a vitória do Nobel evidencia o isolamento do regime. Em declarações ao jornal argentino 'La Nación', Machado sustentou que o apoio dos EUA ao combate aos cartéis de droga alterou o panorama político e que o governo de Maduro se apoia apenas em "violência e terror", exortando-o a deixar o poder "com ou sem negociação".
A troca de acusações reflete o aprofundamento da crise política, com o governo a reforçar a sua retórica militarista e a oposição a sentir-se fortalecida pelo reconhecimento internacional.













