Organizações não-governamentais denunciam a morte de dezenas de civis, incluindo crianças, em bombardeamentos atribuídos às Forças de Apoio Rápido (RSF). A ONG Coordenação dos Comités de Resistência denunciou um ataque das RSF no centro-sul do país que provocou a morte de 26 civis e feriu mais de 30, descrevendo-o como "um ataque direto contra a população civil que revela uma intenção premeditada de destruir as cidades". O UNICEF confirmou um outro ataque a um centro de deslocados em Al Facher, no Darfur do Norte, que resultou na morte de pelo menos 17 crianças. A guerra, iniciada em abril de 2023, já causou dezenas de milhares de mortos e mais de 14 milhões de deslocados.

Só em 2025, estima-se que 300 mil sul-sudaneses tenham fugido do país vizinho, Sudão do Sul, devido à intensificação do conflito que também se alastra para lá das fronteiras. A comissão das Nações Unidas para os direitos humanos no Sudão do Sul lamentou que "os confrontos armados estão a ocorrer numa escala nunca vista desde a assinatura do acordo de cessação das hostilidades em 2017", acusando os líderes de levarem o país "à beira de um novo precipício". A ONU apelou à comunidade internacional para agir com urgência para evitar mais ataques, especialmente na cidade estratégica de Al-Fashir, o último bastião do exército no oeste do país.