Em resposta, os seus partidos convocaram manifestações diárias em todo o país, exigindo diálogo e denunciando o que consideram ser um ato antidemocrático.
A Frente Comum, que une o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) de Thiam e o Partido Popular Africano - Costa do Marfim (PPA-CI) de Gbagbo, anunciou que "as manifestações pela democracia, justiça e paz vão continuar todos os dias" até que as suas exigências sejam satisfeitas. A primeira marcha, realizada no sábado em Abidjan, foi reprimida pela polícia com gás lacrimogéneo, resultando em "inúmeros feridos" e na detenção de 237 pessoas, segundo o Ministério do Interior, que havia proibido os protestos.
A oposição contesta também a legalidade do quarto mandato do Presidente Alassane Ouattara, argumentando que viola a Constituição.
O Conselho Constitucional, no entanto, considerou em 2020 que a nova Constituição de 2016 repôs o contador de mandatos a zero.
A exclusão dos principais opositores deixa o caminho aberto para Ouattara, que enfrentará apenas quatro candidatos da oposição com menor expressão.
A Frente Comum apela à "não violência, calma e compostura", mas reafirma o seu "firme compromisso de não se deixar intimidar ou distrair pela repressão brutal do regime", aumentando o risco de instabilidade a poucas semanas das eleições.












