A instabilidade foi marcada por ataques israelitas no domingo, que resultaram na morte de pelo menos 45 palestinianos.

Israel justificou a ação como uma resposta a violações do Hamas, alegação que o grupo islamita negou. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que foram utilizadas 153 toneladas de bombas e que o cessar-fogo “não é uma licença para o Hamas nos atacar”. Em resposta, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou “erradicar” o Hamas em caso de novas violações, enquanto o grupo palestiniano declarou ter recebido garantias de Trump de que a guerra terminou.

Para conter a escalada, Washington enviou uma delegação de alto nível a Israel, incluindo o vice-presidente J.D.

Vance, o enviado especial Steve Witkoff e Jared Kushner, para reuniões com Netanyahu.

A troca de reféns e prisioneiros, um pilar do acordo, prossegue lentamente.

O Hamas tem devolvido os corpos de reféns mortos, mas alega dificuldades em localizar todos os restos mortais, tendo Israel já identificado o corpo de Tal Haimi.

A situação humanitária continua a ser descrita como “catastrófica” pela ONU e pela UE, com a organização Médicos Sem Fronteiras a apelar à evacuação médica urgente de doentes críticos.

A crise humanitária é agravada por um balanço de quase 20.000 estudantes mortos em dois anos de ofensiva, segundo o Ministério da Educação palestiniano, e por denúncias de violência de colonos israelitas contra cristãos na Cisjordânia.