A relação do presidente colombiano Gustavo Petro com a Venezuela esteve sob escrutínio, com ex-presidentes colombianos a exigirem clareza e o presidente dos EUA, Donald Trump, a suspender a ajuda à Colômbia e a ameaçar com intervenção militar. Os antigos presidentes colombianos Álvaro Uribe e Andrés Pastrana emitiram uma declaração conjunta exigindo que o Presidente Petro desse uma "definição clara da sua relação com o chefe do Cartel de Los Soles, Nicolás Maduro". A declaração surge num contexto de crise diplomática, após Donald Trump ter suspendido a ajuda à Colômbia, classificando-a como uma "fraude a longo prazo", e ter ameaçado com uma intervenção militar direta se Petro não encerrar as zonas de produção de droga.
Trump chegou a definir o presidente colombiano como um "líder do narcotráfico".
Em resposta, Petro afirmou que Trump está a ser enganado pelos seus conselheiros e que ele é o principal inimigo dos traficantes.
Petro recusou-se a responder diretamente à carta dos ex-presidentes por "respeito à justiça da Colômbia".
A tensão aumenta com a notícia de que o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua enviou uma carta a Gustavo Petro, propondo a sua inclusão no programa de paz "Paz Total" do governo colombiano. Este programa, que permite o diálogo com grupos armados, tem sido alvo de controvérsia, com os ex-presidentes a sugerirem que serve para dar estatuto político a organizações de narcotráfico.
Em resumoA tensão entre os EUA e a Colômbia escalou com a suspensão da ajuda norte-americana e ameaças de intervenção por parte de Donald Trump, que acusa o presidente Petro de ligações ao narcotráfico. Internamente, Petro enfrenta pressão de ex-presidentes para clarificar a sua relação com Nicolás Maduro, num cenário complexo que envolve a política de "Paz Total" e a influência de grupos criminosos.