Das pessoas detidas, 2.790 permanecem presas.

As manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que alegou fraude eleitoral, eclodiram a 21 de outubro de 2024, após o duplo homicídio de dois dos seus apoiantes. A plataforma Decide denuncia uma "ausência total de investigação pública, responsabilização judicial e reparação de danos às vítimas", acusando o governo de classificar os protestos como "distúrbios isolados", enquanto as forças de segurança atuavam com uma "licença tácita para reprimir". As províncias de Maputo, Nampula, Zambézia e Sofala concentraram 78% dos casos de violência. A onda de violência cessou após um encontro em março entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e Venâncio Mondlane, que deu início a um processo de pacificação.

Este processo prevê o compromisso do governo em realizar reformas, incluindo na Constituição e nas leis eleitorais.

A organização não-governamental apela agora à criação de uma "comissão nacional de verdade e reconciliação" e a uma investigação independente para garantir justiça para as vítimas.