Enquanto Washington tenta salvar o seu plano de paz, Israel pondera uma estratégia de contenção a longo prazo, e grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica mantêm uma postura ambígua.

O acordo mediado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, foi quebrado com Israel a acusar o Hamas de atacar as suas tropas e a responder com bombardeamentos em Khan Yunis, que resultaram na morte de pelo menos um palestiniano. O Hamas, por sua vez, acusa Israel de violar o acordo “desde o primeiro dia”.

A segunda fase do plano, que prevê o desarmamento do Hamas, está num impasse, com Israel a exigir a devolução dos corpos dos reféns restantes, algo que o grupo palestiniano alega ser impossível devido à destruição no terreno. O Presidente Trump apelou a que o plano não fosse esquecido, publicando na sua rede social: “A segunda fase começa já!!”.

O seu vice-presidente, JD Vance, deslocou-se a Israel para reforçar o compromisso, mas admitiu que o processo “vai levar algum tempo”. Analistas sugerem que Israel poderá adotar uma estratégia de “libanizar” o conflito, mantendo o Hamas enfraquecido mas funcional, à semelhança do que acontece com o Hezbollah no Líbano. A Jihad Islâmica anunciou o seu “compromisso total” com o cessar-fogo, mas ressalvou que irá monitorizar as ações de Israel. A situação humanitária continua crítica, com a UNICEF a alertar que as crianças são as verdadeiras “vítimas da guerra” e que a “destruição é incomparável”.