A decisão, embora não vinculativa, aumenta a pressão diplomática sobre Telavive para aliviar o bloqueio que, segundo o tribunal, teve “consequências catastróficas”.
O parecer do TIJ, a mais alta instância judicial da ONU, foi unânime ao afirmar que Israel deve garantir as “necessidades básicas” da população de Gaza e não pode recorrer à fome como “método de guerra”. O tribunal rejeitou as alegações israelitas de que uma parte significativa dos funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) seriam membros do Hamas, sublinhando o “papel humanitário vital” da agência. O presidente do tribunal, Yuji Iwasawa, declarou que Israel “não fundamentou as alegações” contra a UNRWA.
A reação de Israel foi de rejeição categórica. Um porta-voz da diplomacia israelita classificou a deliberação como “mais uma tentativa política de impor medidas políticas contra Israel sob o pretexto do ‘direito internacional’”.
Em contraste, a Autoridade Palestiniana e o Hamas saudaram a decisão, instando a comunidade internacional a “obrigar Israel a respeitar a lei”.
A Noruega anunciou que irá apresentar uma resolução na Assembleia-Geral da ONU para apoiar o parecer do TIJ e garantir a sua implementação. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, considerou a decisão “muito importante” e expressou esperança de que Israel a cumpra, destacando o seu impacto “decisivo” para a situação humanitária.














