A Rússia conduziu exercícios militares estratégicos com as suas forças nucleares, sob a supervisão direta do Presidente Vladimir Putin, numa demonstração de força que coincide com o aumento das tensões com o Ocidente. Em resposta, altos chefes militares franceses alertaram para a necessidade de a Europa se preparar para um confronto direto com a Rússia num futuro próximo. O Kremlin anunciou que os exercícios envolveram a “tríade nuclear completa”, com lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) a partir de terra, de um submarino no Mar de Barents e de bombardeiros estratégicos Tu-95MS. Segundo Moscovo, todas as tarefas foram concluídas com sucesso, testando a prontidão dos sistemas de comando.
Estas manobras ocorreram um dia após o adiamento de uma cimeira entre Putin e o Presidente dos EUA, Donald Trump, e coincidiram com o final do exercício nuclear da NATO, “Steadfast Noon”.
Em França, o chefe do Estado-Maior do Exército, Pierre Schill, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Fabien Mandon, emitiram avisos severos.
Mandon declarou que o exército francês deve estar “pronto para um confronto dentro de três ou quatro anos”, ecoando uma avaliação dos serviços secretos alemães.
O general afirmou que a Rússia “pode ser tentada a continuar a guerra no continente europeu” e que o reforço da defesa é essencial.
“Se os nossos adversários perceberem que temos determinação e meios para nos defender, talvez desistam. Se sentirem o contrário, nada os deterá”, comentou Mandon.
Em resumoA Rússia demonstrou a sua capacidade nuclear através de exercícios estratégicos supervisionados por Putin, num claro sinal ao Ocidente. Em paralelo, altos comandos militares em França alertam para a crescente ameaça russa, instando a Europa a preparar-se para um possível confronto militar nos próximos anos, refletindo uma escalada na retórica de defesa no continente.