Enquanto um enviado russo nos EUA acenava com uma "solução diplomática", uma nova vaga de ataques mortíferos atingia várias cidades da Ucrânia.
A semana foi caracterizada por uma profunda contradição entre as palavras e as ações no terreno.
Por um lado, o enviado especial do Kremlin para os EUA, Kirill Dmitriev, afirmou em entrevista que a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos estavam "muito próximos de uma solução diplomática", considerando um "grande progresso" a aparente flexibilização das posições de Kiev.
Esta retórica de paz, no entanto, foi brutalmente desmentida pela realidade no terreno.
Vários artigos noticiaram uma intensificação dos ataques russos, com mísseis e drones a atingirem infraestruturas críticas e áreas civis em Kiev e noutras regiões, resultando em dezenas de mortos e feridos.
Um dos ataques visou um armazém na capital, provocando um grande incêndio.
Esta dualidade de sinais sugere uma estratégia russa que combina acenos diplomáticos com uma pressão militar implacável, possivelmente para negociar a partir de uma posição de força.
Do lado ocidental, o apoio a Kiev foi reafirmado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reuniu-se em Londres com líderes da "Coligação das Vontades", onde o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu a necessidade de fornecer a Kiev mísseis de longo alcance.
A França, por sua vez, anunciou o envio de mísseis Aster adicionais.
Paralelamente, intensificou-se o debate sobre a utilização dos ativos russos congelados na UE para financiar a Ucrânia, uma medida que Zelensky espera ver desbloqueada até ao final do ano, mas que enfrenta a oposição da Bélgica.












